Prª Elisangela Barbosa Paixão da Costa, Serra, ES, Contato: +55(027)99701-5629, ipadpo@outlook.com.br
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sábado, 3 de março de 2012
NOÉ, o construtor da arca
Origem e primeiros anos. Nada se sabe sobre a parte inicial de sua vida. Aparece pela
primeira vez nas Escrituras com quinhentos anos de idade. Seu bisavô Enoque foi
homem extremamente piedoso e, pela graça divina, escapou da morte. Foi trasladado,
Gn 5:22-24; Hb 11:5. Seu avô Matusalém foi o homem que mais viveu, Gn 5:25-27.
Seu pai chamava-se Lameque, aparentemente homem religioso, que deu ao filho o nome
que significa “descanso”, Gn 5:29.
Condições da sociedade na época. Noé viveu em uma época irremediavelmente
corrupta. A humanidade tornara-se tão depravada que o Senhor determinou destruir a
raça humana, Gn 6:1-7. Em meio a essa escuridão moral, a vida de Noé brilhou com sua
justiça, Gn 6:8,9.
Seu chamado. Devido à maldade então existente, Deus revelou a Noé que enviaria um
grande dilúvio a fim de exterminar o homem da face da terra.
Deus encarregou-o de realizar uma tarefa estranha e impossível do ponto de vista
humano. construir um imenso barco para preservar a vida da família e de certas espécies
do reino animal. A magnitude de tal tarefa é difícil de entender. Noé estava rodeado de
incrédulos malvados que riam de seu trabalho. Converteu-se em motivo de zombaria.
No entanto, manteve a fé e continuou o trabalho ano após ano, tarefa que para os
vizinhos parecia indicar que ficara louco.
Considerando seu meio ambiente, a grandiosidade da obra para a qual foi chamado e
tantos anos de trabalho árduo, destaca-se como insuperável, ou talvez inigualável, entre
todas as personagens bíblicas com fé persistente. A arca. Não é possível determinar com
exatidão as dimensões da arca, pois estão especificadas em côvados antigos. Para
nossos cálculos, consideramos a medida de 45 cm. (Quanto ao tempo investido na
construção, comp. Gn 5:32 com 7:6.)
Noé aparentemente admoestava o povo enquanto trabalhava na arca, 2Pe 2:5.
Os dias imediatamente anteriores ao Dilúvio. A reunião dos animais e a entrada de Noé
e sua família na arca, Gn 7:1-16. O Senhor fecha a porta da arca, Gn 7:16.
A ARCA
Acontecimentos durante e depois do Dilúvio. A duração do dilúvio, Gn 7:24; a
diminuição das águas, 8:3; o repouso da arca sobre a terra, 8:4; o envio das aves, 8:6-12;
a saída da arca, 8:15-18.
Noé edifica um altar e oferece um sacrifício, 8:20; é honrado por um pacto eterno, 9:9-
17; planta uma vinha e cede à tentação, 9:21; morre, 9:28,29. (Outras referências, v.
2826.)
Ver tb: Gn 5:29, Gn 6:8, Gn 7:1, Gn 7:13, Gn 8:1, Gn 8:20, Gn 9:1, Gn 9:17, Gn 9:29,
1Cr 1:4, Ez 14:14, Lc 17:26, Hb 11:7, 2Pe 2:5
APOCALIPSE
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Data: Indeterminada. De acordo com a opinião tradicional, cerca de 96 a.C.
Lugar: Possivelmente na ilha de Patmos, na costa ocidental da Ásia Menor, onde João
foi desterrado “por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus”.
Autoridade: Diz-se ser a revelação de Jesus, 1:1.
Métodos de interpretação: Extremamente variados e com freqüência imaginativos.
Milhares de volumes têm sido escritos sobre esse livro. Existem quatro escolas
principais de interpretação.
1. Preterista: Crê que as profecias do Apocalipse já se cumpriram.
2. Futurista: Sustenta que o livro contém um prognóstico da história universal.
3. Histórica: Vê os eventos do livro como descrições simbólicas da história da igreja,
desde a época do NT até o final dos tempos.
4. Eclética ou idealista: Firma-se nos princípios espirituais do livro e não dogmatiza
sobre detalhes das visões mais misteriosas. Essa escola crê que há três classes de
passagens no Apocalipse. as que são muito claras quanto ao ensino espiritual; as que são
misteriosas, mas contêm elementos da verdade e são instrutivas; as que são tão ocultas
que é inútil, com nosso conhecimento atual, dar-lhes interpretações finais.
É provável que algumas profecias contenham dois elementos, o próximo e o distante. O
primeiro refere-se especialmente a eventos da época de João ou pouco depois, e o
último trata de acontecimentos futuros.
Particularidades
O Apocalipse é o único livro da Bíblia que contém uma promessa especial aos leitores
obedientes (1:3) e ao mesmo tempo pronuncia uma maldição sobre os que alterarem seu
conteúdo, 22:18,19.
Sete é o número dominante do livro: sete candeeiros, igrejas, selos, anjos, trombetas,
tronos, taças, espíritos, estrelas etc.; e sete “não mais” (v. 1553).
Os últimos capítulos de Apocalipse apresentam um contraste assombroso com os
primeiros capítulos de Gênesis. Gênesis fala da criação do Sol, da entrada do pecado no
mundo, da proclamação da maldição, do triunfo de Satanás e da exclusão da “árvore da
vida”. Apocalipse fala do lugar em que não haverá necessidade do Sol, não haverá
pecado nem maldição, onde Satanás será vencido e haverá acesso à “árvore da vida”.
Plano de estudo
Ainda que o livro seja com freqüência passado por alto, devido ao seu caráter
misterioso, há muitos pontos de vista a partir dos quais podemos estudá-lo
proveitosamente, sem a necessidade de interpretação dogmática ou arbitrária. Se o livro
está escrito em código, não pretendemos que as sugestões a seguir constituam o manual
que lhe revele os mistérios, apenas que sejam proveitosas.
Tema sugerido: O conflito moral e espiritual das épocas.
Personagem central: O Cordeiro, mencionado cerca de trinta vezes, finalmente
vitorioso sobre todos os poderes do mal.
Acontecimentos marcantes: Há muitos acontecimentos importantes no livro.
Sugerimos dois, que devemos considerar no estudo das visões.
1. O nascimento do filho varão, visto por muitos como a encarnação de Jesus Cristo,
cap. 12.
2. O toque da sétima trombeta, que anuncia sua vitória em todo o mundo, 11:15.
SINOPSE
O livro pode ser dividido em visões, algumas das quais são parcial ou totalmente
veladas, e outras, comparativamente claras quanto ao ensino. Nem sempre é possível
dizer onde termina uma visão e começa outra, mas, por conveniência, elas podem ser
estudadas sob vários números, de acordo com o ponto de vista de cada um.
I. Introdução e saudação, 1:1-8
1. Introdução e promessa aos leitores obedientes, v. 1-3
2. Saudação de João e do Cristo glorificado, v. 4-8
II. Visões
1.ª Visão
1. Do Cristo glorificado, 1:9-16
2. Ordem de escrever às sete igrejas, 1:19
3. Mensagem às igrejas, caps. 2 e 3
a) A Éfeso, a igreja reincidente, persistente no serviço, estrita na disciplina, mas
esfriando no amor, 2:1-7
b) A Esmirna, a igreja pobre, mas verdadeiramente rica, que enfrentava um período de
perseguição, 2:8-11
c) A Pérgamo, a igreja em ambiente perverso, firme mas infectada com heresia, 2:12-17
d) A Tiatira, a igreja de boas obras, mas que tolerava uma falsa profetisa, 2:18-29
e) A Sardes, a igreja moribunda, 3:1-6
f) A Filadélfia, a igreja fraca, mas fiel, 3:7-13
g) A Laodicéia, a igreja morna, satisfeita consigo mesma, que se orgulhava de sua
riqueza, mas era miserável, pobre, cega e nua, 3:14-22
Idéia-chave: promessas aos vencedores (v. 596)
2.ª Visão (parcialmente velada)
1. Visão de Deus no céu sobre seu trono, o Criador do universo recebendo a adoração
dos seres viventes e dos 24 anciãos, 4:1-11
2. O Cordeiro abre o livro dos sete selos, o cântico novo e a adoração universal ao
Cordeiro
Interpretação sugerida: somente Cristo pode descobrir os mistérios divinos mais
profundos.
3. Abertura dos seis selos (velada), 6:1-17
Há muitas interpretações diferentes, e não vale a pena juntar outra. Uma lição clara é
que os crentes são provados pela demora divina, v. 9-11 (v. 3243).
3.ª Visão (parcialmente velada)
Interpretação sugerida: Deus protege seu povo escolhido, 7:1-8.
4.ª Visão — Certezas reconfortantes, cap. 7
1. A multidão incontável dos redimidos, v. 9,10
2. Os meios mediante os quais eles aparecem na presença de Deus, v. 13-15a
3. Suas atividades e sua alegria eterna, v. 15b-17
5.ª Visão (parcialmente velada), caps. 8 e 9
Evento transcendental: a abertura do sétimo selo, causa silêncio no céu, v. 1. Possível
explicação: toda a música e as vozes dos anjos silenciaram porque durante o período do
sétimo selo Cristo devia partir para sua missão na terra. Isso não é mera imaginação. O
fim dos tempos evidentemente se aproximava, 10:6. Se essa interpretação for correta,
em 8:1 deparamos com a fonte do plano da salvação. Os eventos estendem-se até o filho
varão do capítulo 12. Em 8:3,4, a idéia parece ser que as orações dos santos subiram a
Deus pedindo a vinda do reino messiânico.
Logo continua uma porção velada da visão, o toque das seis trombetas (caps. 8 e 9),
que, segundo parece, anuncia os juízos vindouros, cap. 9.
6.ª Visão (parcialmente velada), caps. 10 e 11
A única coisa clara é que os eventos parecem apontar a grande consumação pelo fato de
o anjo poderoso anunciar que não haverá mais demora (10:5-7), mas que as boas-novas
referidas pelos profetas estão prestes a ser cumpridas.
Entre tantas opiniões diferentes, é temerário sugerir uma interpretação para o livrinho
do capítulo 10 e as duas testemunhas do capítulo 11. Já que estas precedem
imediatamente a visão do nascimento do filho varão do capítulo 12, podem referir-se ao
período profético anterior à vinda de Cristo. Talvez os capítulos de 12 a 20 contenham
visões parcialmente veladas relacionadas com o grande conflito messiânico.
7.ª Visão — O grande evento da época, caps. 12 e 13
O nascimento do filho varão, Cristo, e a manifestação simultânea dos poderes satânicos
organizados para destruí-lo. A justificativa desse ponto de vista é que durante a vida de
Cristo na terra os poderes das trevas estavam em intensa atividade.
Note a intenção de Herodes de destruir o menino Jesus, os numerosos casos de
possessão demoníaca e a oposição maligna que resultou na crucificação de Cristo. Não
há aqui interpretação detalhada dos mistérios, mas atente para as armas espirituais com
as quais será obtida a vitória, 12:11 (v. 583).
8.ª Visão (parcialmente velada), 14:1-13
Sem qualquer interpretação forçada, é possível olhar esse capítulo como o resumo
profético do conflito vindouro entre o Cordeiro e seus inimigos. Se esse ponto de vista
for verdadeiro, nos primeiros cinco versículos os 144 mil representam os salvos
sobressalentes da primeira dispensação, os versículos 6 e 7 referem-se ao começo de
uma atividade missionária em todo o mundo (v. 2525), os versículos de 8-11 são
anúncios preliminares da vitória final e os versículos 12 e 13 referem-se à bemaventurança
dos crentes mortos.
9.ª Visão (parcialmente velada)
A colheita, 14:16-20
10.ª Visão (parcialmente velada), caps. 15 e 16
1. Os primeiros vencedores e seu cântico, 15:1-4 (v. 2686)
2. Os sete anjos e as taças de ouro, 15:5-8
3. O derramamento das sete taças da ira, cap. 16
11.ª Visão (velada), caps. 17 e 18
A queda da Babilônia, a cidade prostituta, e dos inimigos do Cordeiro que a venceram.
12.ª Visão, 19:1-9
1. O coro de aleluia no céu, celebrando a vitória espiritual, v. 1-6
2. As bodas do Cordeiro, v. 7-9 (v. 1772)
13.ª Visão, 19:11-21
1. Cristo, o conquistador espiritual, sobre um cavalo branco, fere as nações com a
espada do Espírito, v. 11-16 (v. 1288)
2. (Parcialmente velada:) Cristo vence a besta, o falso profeta e seus aliados, v. 17-21
(v. 594)
14.ª Visão (parcialmente velada), cap. 20
1. O aprisionamento de Satanás, v. 1-3
2. A primeira ressurreição, v. 4-6
3. Satanás é desamarrado; sua atividade maligna, v. 7-9
4. A queda de Satanás, da besta e do falso profeta, v. 10
5. O juízo final, v. 11-15
15.ª Visão, caps. 21 e 22
1. Novos céus e nova terra; a Cidade Santa, tipo da igreja, a esposa do Cordeiro, cap. 21
Suas características:
a) Origem celestial, v. 2
b) Radiante, v. 11
c) Separada e protegida, v. 12
d) Acessível, v. 13
e) Alicerces firmes, v. 14
f) Inabalável, v. 16
g) Formosamente adornada, v. 18-21
h) Seu templo espiritual, v. 22
i) Iluminada por Deus, v. 23-25
j) Glorificada, v. 26
k) Livre de impurezas, v. 27
2. O paraíso restaurado, cap. 22
Suas características:
a) O rio da vida, v. 1
b) A árvore da vida, v. 2
c) Sem maldição, v. 3
d) Visão beatífica da marca divina nos santos, v. 4
e) O dia eterno e o domínio dos santos, v. 5
3. Palavras finais
a) Dignas de confiança e verdadeiras, v. 6
b) Ressaltam o iminente regresso do Senhor, v. 7
c) Somente Deus deve ser adorado, v. 8,9
d) O caráter leva à persistência, v. 11
e) A última promessa, v. 14
f) O último convite, v. 17
g) A última advertência, v. 18,19
III. Bênção e oração, 22:21
DEUS É AMOR.: Como ser Cristão
DEUS É AMOR.: Como ser Cristão: O tema aparentemente simples, mas é uma das questões mais difíceis é - "Como ser Cristão". Meus queridos e amados irmãos vivemos nos ...
JUDAS
Autor: Provavelmente Judas, irmão de Tiago (v. 2035).
Se for verdade, ele pode ter sido irmão de nosso Senhor (comp. Mc 6:3 com Gl 1:19).
Os irmãos de Jesus não criam nele em princípio, Jo 7:5, mas depois da ressurreição se
converteram em seus seguidores (v. At 1:14).
É possível que Judas, devido ao fato de não ter crido no início, tenha se sentido indigno
de assinar a carta como irmão de Jesus. Assim, ao escrevê-la, refere-se a si mesmo
como simples “servo”, 1.
Propósito principal: A carta foi evidentemente escrita antes de tudo para advertir a
igreja contra os mestres imorais e as heresias alarmantes que estavam pondo em perigo
a fé que os crentes possuíam.
Texto-chave: 3,4.
SINOPSE
I. Saudação, 1,2
II. O motivo da carta. exortar quanto à defesa da fé, devido à invasão de mestres
imorais e heréticos, 3,4
III. Lembrança de como Deus tratou os pecadores no passado
1. Castigo de Israel por causa de sua incredulidade, 5
2. Destino dos anjos caídos e dos depravados habitantes de Sodoma, 6,7
IV. Descrição das características dos mestres ímpios e o juízo que sobre eles se
pronuncia, 8-13
V. Referências a profecias
1. De Enoque, que predisse a condenação dos ímpios, 14-16
2. Dos apóstolos, acerca dos escarnecedores dos últimos dias, 17-19
VI. Resumo dos deveres cristãos
1. Crescimento espiritual e oração, 20
2. Amor para com Deus e confiança em Cristo para a salvação eterna, 21
3. Ativos em ganhar almas, 22,23
VII. Bênção, 24,25
Capítulos
13JOÃO
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Destinatário: Gaio, 1.
Tema principal: A hospitalidade cristã.
Texto-chave: 8.
SINOPSE
O tema gira em torno de três personagens, Gaio, Diótrefes e Demétrio, e de alguns
evangelistas itinerantes.
I. Gaio, destinatário da carta, 1-6
1. Sua identidade
Não se pode determinar com exatidão. Há outras pessoas com o mesmo nome no NT. O
que Paulo menciona em Rm 16:23 pode ser o mesmo a que se refere João, mas isso não
passa de conjectura.
2. Suas características
a) Digno do carinho de João, 1,2
b) Cristão praticante, que anda na verdade, 3,4
c) Hospitaleiro, 5,6
II. Diótrefes, 8-11
Aparentemente, um líder da igreja.
1. Egocêntrico e fanático, 9
2. Pretendia ser o chefe supremo da vinha; o apóstolo promete repreendê-lo
pessoalmente, 10
III. Demétrio, 12
Ao contrário de Diótrefes, era um cristão modelo, de excelente reputação.
IV. Os evangelistas cristãos...
1. Eram obreiros itinerantes que ofereciam serviço gratuito por amor a Cristo, 7
2. Dignos de um bem-vindo e de efusiva hospitalidade, foram hostilizados pelo soberbo
V. Saudação final, 13,14
2JOÃO
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Destinatários: “À senhora eleita e aos seus filhos”. Alguns crêem que o apóstolo se
refere a uma senhora cristã e sua família, que viviam em Éfeso; outros, que é a
personificação de alguma igreja e seus membros. Se a primeira suposição for correta,
esse é o único livro do nt dirigido a uma mulher.
Palavras-chave: “Amor”, que ocorre quatro vezes, e “verdade”, cinco vezes.
Propósito: A carta foi escrita aparentemente para advertir amigos contra a heresia e a
associação com falsos mestres, v. 7-11.
Tema principal: A verdade e o erro.
SINOPSE
I. A verdade divina e sua relação com os crentes
1. Une todos em comunhão, 1
2. Permanece eternamente neles, 2
3. Combinada com o amor, caracteriza o espírito de suas saudações, 3
4. A obediência a ela, por amor, é a melhor forma de conduta, 4-6
II. O enganador
1. Tem muitos defensores, 7a
2. Nega a Encarnação, 7b
3. Devemos ter cuidado com ele, 8
4. Afasta-nos dos ensinos de Cristo, 9
5. O perigo da comunhão com tais pessoas, 10,11
III. Palavras finais, 12,13
1JOÃO
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Lugar e data: Indeterminados. Provavelmente escrita em Éfeso, no final do século i.
Destinatário: Aparentemente, a igreja em geral, já que não contém saudações,
despedidas ou quaisquer alusões pessoais. Pertence, portanto, às epístolas gerais. Chama
os crentes carinhosamente “meus filhinhos”, 2:1,18,28; 3:7,18; 4:4; 5:21; e “amados”,
3:2,21; 4:1,7,11.
Propósito: O autor menciona quatro razões para escrever a carta. 1) aumentar a própria
alegria, 1:4; 2) preveni-los do pecado, 2:1; 3) adverti-los acerca dos falsos mestres,
2:26; 4) fortalecer-lhes a fé em Cristo e dar-lhes a garantia da vida eterna, 5:13.
Palavras-chave: “Comunhão”, “saber” e “amor”.
Tema principal: Deus é vida, luz e amor perfeitos. Seu caráter constrange os crentes a
viver em santidade e amor fraternal.
Particularidades: Pode ser chamada “A carta das certezas”. Começa com a declaração
do conhecimento pessoal de Cristo, 1:1-3. Dá grande ênfase ao conhecimento espiritual
que os crentes podem obter. A palavra “saber” ou seus equivalentes aparecem mais de
trinta vezes.
Sete casos importantes em que aparece o verbo “saber”
Os crentes sabem...
1. Que a vida reta indica regeneração, 2:29; 5:18.
2. Que seremos semelhantes a Cristo quando ele vier, 3:2.
3. Que Cristo veio tirar os nossos pecados, 3:5.
4. Que o amor fraternal indica que passamos da morte para a vida, 3:14.
5. Que ele vive em nós pelo Espírito, 3:24.
6. Que temos vida eterna, 5:13.
7. Que nossas orações são respondidas, 5:15.
SINOPSE
I. Deus é vida e luz, caps. 1 e 2
1. Manifestadas em Cristo, 1:1,2
2. Propósito da carta, 1:3,4.
3. Condições para a comunhão divina
a) Caminhar na luz, 1:5-7
b) Confessar os pecados, 1:8-10
c) Aceitar a Cristo como intercessor e sacrifício de propiciação, 2:1,2
4. A obediência é a prova da comunhão
a) Seguindo o exemplo de Cristo, 2:3-6
b) A obediência ao novo mandamento do amor é permanecer na luz, 2:7-11
5. Mensagem a diferentes classes de crentes acerca do conhecimento espiritual e de
como vencer o maligno, 2:12-14
6. Advertência a quem ama o mundo, 2:15-17
7. O surgimento de anticristos, com sua apostasia e sua negação a Cristo, é sinal dos
últimos tempos, 2:18-23
8. Exortação a permanecer na verdade, com a garantia de que a unção divina
proporcionará toda a instrução necessária, 2:24-27
9. A constância nos dá confiança; a justiça é uma característica do novo nascimento,
2:28,29
II. Deus é perfeito amor, caps. 3 e 4
1. Seu amor manifesta-se na exaltação do crente à condição de filho, 3:1,2
2. A prova da filiação é o viver retamente, 3:3-10
3. O amor fraternal é a característica distintiva da vida espiritual, 3:11-15
4. O amor manifesta-se no sacrifício, não apenas por meio de palavras, 3:16-18
5. O resultado do amor é garantia de resposta às orações, 3:19-22
6. A fé e o amor fraternal são essenciais à comunhão com Deus, 3:23,24
7. Parêntese. O espírito da verdade, o espírito do erro e os métodos de prová-los
a) A atitude perante a encarnação de Cristo determina a origem e o caráter desses
espíritos, 4:1-3
b) As características mundanas dos anticristos, 4:4-6
8. O amor divino
a) No coração humano, indica regeneração, 4:7
b) Manifesto na encarnação e na obra redentora de Cristo, 4:8-10
c) Quando mora no crente, produz amor fraternal e o inspira a testificar de Cristo como
Salvador da humanidade, 4:11-16
d) Quando é aperfeiçoado, dá garantia e lança fora o medo, 4:17,18
e) Aumenta a intensidade do amor a Deus e do amor fraternal, 4:19-21
III. A fé e o amor são os princípios vencedores no conflito com o mundo e com os
poderes do mal, cap. 5
1. A vida de obediência por amor, v. 1-3
2. A vitória da fé, v. 4,5
3. Os testemunhos divinos na terra e no céu, v. 6-9
4. O testemunho do Espírito, v. 10
5. O dom da vida eterna por meio do Filho de Deus, v. 11-13
6. A certeza da resposta à oração, v. 14,15
7. O tratamento ao irmão pecador, v. 16
8. Quatro verdades que o crente conhece, v. 18-20
2PEDRO
Autor: O apóstolo Pedro 1:1 (v. 3071).
Data: Escrita provavelmente entre 60 e 70 d.C.
Tema principal: Advertência acerca dos falsos mestres e dos escarnecedores. Para
combater a influência das falsas doutrinas, há grande ênfase à Palavra de Deus e à
certeza do cumprimento das promessas divinas.
Texto-chave: 3:1.
Paralelo entre 2Pedro e 2Timóteo
Ambas fazem referência à proximidade da morte, 2Tm 4:6; 2Pe 1:14.
Ambas predizem tempos perigosos para a igreja: predomínio dos ensinos falsos, 2Tm
3:13; 4:3; 2Pe 2:1; corrupção geral da sociedade, 2Tm 3:1-7; 2Pe 2:10-22; apostasia,
2Tm 4:3,4; 2Pe 2:2,20-22.
SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2
II. A vida espiritual, cap. 1
1. O chamado a ela, v. 3
2. Garantida por meio de promessas preciosas, v. 4
3. Sete passos essenciais em seu desenvolvimento e frutificação, v. 5-8
4. Seu destino final, v. 10,11
5. Palavras de despedida, v. 12-15
6. Uma experiência gloriosa, v. 16-18
7. A origem divina das Escrituras e seu poder iluminador, v. 19-21
III. Os falsos mestres, seu caráter e suas doutrinas corruptas, cap. 2
1. Suas heresias e a negação de Cristo, v. 1
2. Sua popularidade, influência perversa, avareza e hipocrisia, v. 2,3
3. Os juízos implacáveis de Deus sobre os anjos que pecaram, sobre os antediluvianos
e sobre Sodoma e Gomorra são advertências aos ímpios, v. 4-6
4. Os justos serão libertos, mas os injustos serão reservados para o juízo futuro, v. 7-9
5. Descrição adicional dos mestres apóstatas, suas características, obra e destino
a) Sua sensualidade, presunção, arrogância e excessos, v. 10-13
b) Sua perniciosa influência e apostasia motivadas pela ganância, v. 14-16
c) Sua vacuidade, instabilidade e destino futuro, v. 17
d) Suas palavras infladas, acompanhadas de sensualidade: prometem liberdade aos
homens, mas os conduzem ao cativeiro da depravação, v. 18,19
e) Sua apostasia e sua depravação total, v. 20-22
IV. Predições acerca dos escarnecedores, da chegada do dia do Senhor e exortação
à firmeza, cap. 3
1. O propósito da carta, v. 1,2
2. O argumento dos escarnecedores, v. 3,4
3. A ignorância dos contestadores
a) Acerca do AT, v. 5,6
b) Acerca da preservação do mundo presente para um juízo severo, v. 7
4. Explicação para a demora divina
a) Duração de um dia para Deus, v. 8
b) A misericórdia divina aplaca o castigo, v. 9
5. A certeza da chegada do dia do Senhor, v. 10
6. A atitude e a esperança dos crentes, v. 11-14
7. Recomendação acerca das cartas de Paulo e advertência contra a distorção das
Escrituras, v. 15,16
8. Exortação à firmeza e ao crescimento espiritual, v. 17,18
1PEDRO
Autor: O apóstolo Pedro (v. 3071). Esse não era o Simão Pedro do começo, impulsivo
e cheio de fraquezas, a quem Cristo chamou Simão, Mc 14:37; Lc 22:31; Jo 21:15-17,
mas o Pedro que, segundo Cristo profetizou, se converteria em uma rocha, Jo 1:42 — o
mesmo homem que fora disciplinado durante anos de sofrimentos e provas e fortalecido
com o batismo no Espírito Santo. A carta, evidentemente, pertence aos últimos períodos
de sua vida.
Data e lugar: Indeterminados. A Babilônia à qual se refere (5:13) pode não ser a cidade
às margens do rio Eufrates. Muitos crêem que se trata de Roma, chamada figuradamente
Babilônia.
Destinatários: Os eleitos espalhados pela Ásia Menor. Provavelmente a todo o corpo
de cristãos da região, tanto judeus quanto gentios. Pedro envia essa mensagem espiritual
de ânimo, instrução e admoestação especialmente às igrejas fundadas por Paulo.
Propósito: Ao escrever esta carta, Pedro obedeceu duas ordens específicas dadas por
Jesus. 1) animar e fortalecer os irmãos, Lc 22:32; 2) alimentar o rebanho de Deus, Jo
21:15-17.
Palavra-chave: “Sofrimento”, que ocorre quinze vezes ou mais na carta.
Texto-chave: 4:1.
Tema principal: A vitória sobre o sofrimento, exemplificada na vida de Cristo.
SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2
II. A salvação gloriosa, 1:3-21
1. A esperança viva, baseada na ressurreição de Cristo, v. 3
2. Herança incorruptível, v. 4
3. Poder divino mediante o qual os crentes são protegidos em meio ao sofrimento
a) Por meio da fé, v. 5
b) Pelo regozijo nas provas, v. 6
c) Permanecendo como ouro refinado no fogo até a vinda de Cristo, v. 7
d) Em amor e alegria indescritíveis, v. 8
4. Plano misterioso
a) inquirido pelos profetas, que predisseram os sofrimentos de Cristo e a glória a ser
revelada nos últimos tempos; um anseio dos anjos, v. 10-12
b) Chama os crentes ao domínio próprio, à obediência, à espiritualidade, à santidade e
à reverência piedosa, v. 13-17
c) Seu custo incalculável, v. 18,19
d) Conhecido antes da criação do mundo, v. 20,21
III. A vida do crente à luz da grande salvação, 1:22—2:8
1. Deve ser purificada e regenerada pela verdade eterna, demonstrando amor fraternal,
1:22-25
2. Deve estar livre das más inclinações e desejar o leite da Palavra para crescer, 2:1-3
3. Deve ser pedra viva no templo espiritual do qual Cristo é a pedra angular, 2:5,6
4. Deve reconhecer a Cristo como precioso, o qual foi rejeitado e serve de tropeço aos
que não crêem, 2:7,8
IV. Posição e deveres dos crentes, 2:9—3:13
1. Geração nobre e santa, os crentes devem oferecer louvor ao Libertador divino, 2:9,10
2. Como estrangeiros e peregrinos, devem abster-se dos desejos carnais, 2:11
3. Deveres civis e sociais. conduta irrepreensível perante o mundo, obediência às
autoridades civis, silenciando assim a crítica hostil, 2:12-15
4. Devem ser bons cidadãos, 2:16,17
5. Deveres no lar cristão
a) Dos servos. ser obedientes e pacientes, ainda que em meio ao sofrimento injusto,
agradando assim a Deus, 2:18-20
b) Cristo é o modelo do sofredor, pois levou o peso do pecado, 2:21-25
c) Da esposa: ser pura e adornar-se com virtudes espirituais, 3:1-6
d) Do esposo: tratar a esposa com consideração, 3:7
e) De todos: ser amorosos, compassivos, amáveis, atentos e misericordiosos, 3:8,9
f) Recordar que a longa vida e a resposta às orações são prometidas aos que dominam a
própria língua, abandonam o mal, fazem o bem e vivem em paz, 3:10-13
V. Instruções e estímulo acerca do sofrimento, 3:14—4:19
1. O sofrimento por causa da justiça é motivo de alegria, não de temor, mas o cristão
deve estar pronto a dar testemunho de sua experiência cristã e viver uma vida
irrepreensível, 3:14-17
2. O exemplo do sofrimento vicário de Cristo, de sua obra espiritual e de sua exaltação,
3:18-22
3. Os sofrimentos de Cristo devem levar-nos à abnegação, à consagração a Deus e ao
abandono dos excessos sensuais do passado, 4:1-3
4. Parêntese. Instruções acerca dos deveres práticos da vida cristã, que glorificam a
Deus, 4:7-11
5. Não devemos estranhar as provas duras, e sim suportá-las com alegria, 4:12
6. O sofrimento com Cristo e por Cristo deve ser suportado com alegria, pois conduz à
glória espiritual, 4:13,14
7. Não devemos sofrer como praticantes do mal. Mas quando sofremos como cristãos,
devemos glorificar a Deus e colocar nossa alma ao seu cuidado, 4:15-19
VI. Exortações e advertências finais, cap. 5
1. Aos presbíteros da igreja, acerca do espírito com que devem alimentar o rebanho, v.
1-4
2. Jovens e idosos devem ser humildes e confiantes, v. 5-7
3. Advertências acerca do Diabo, v. 8,9
4. Bênção e saudações, v. 10-14
O Cristo de Pedro
Fonte de esperança, 1:3.
Cordeiro do sacrifício, 1:19.
Principal pedra angular, 2:6.
Exemplo perfeito, 2:21.
Sofreu pelo ideal, 2:23.
Levou o pecado, 2:24.
Pastor das almas, 2:25.
Senhor exaltado, 3:22.
Sete coisas preciosas nas cartas de Pedro
1. As provas severas, 1:7.
2. O sangue de Cristo, 1:19.
3. A pedra viva, 2:4.
4. O próprio Cristo, 2:6.
5. O espírito manso e tranqüilo, 3:4.
6. A fé do crente, 2Pe 1:1.
7. As promessas divinas, 2Pe 1:4.
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