Não é preciso grande esforço ou a realização de pesquisa sofisticada para percebermos que o fazer acepção de pessoas tem ocupado lugares nas nossas igrejas. Do mesmo modo, as preferências por outras tem transformado pessoas em ídolos, o que tem causado prejuízo à vida cristã de muitos.
Infelizmente há irmão que pretere o outro por causa da cor da pele, da aparência, pelo modo de falar ou de se vestir. Irmão de melhor situação financeira que despreza o pobre e vice-versa. Há também aquele que manifesta claramente sua(s) preferência(s) por puro interesse pessoal. Esforçam-se por estar sempre perto de alguém que está à frente de alguma área da igreja. E se um irmão ou irmã que não é do seu agrado se aproxima, agem como se dissessem “não o(a) quero por perto!” ou “Eu não o(a) chamei, o que você está fazendo por aqui?”.
Creio que não precisamos ilustrar ou estender mais estas observações. A discriminação de pessoas tomou uma proporção tão grande em o nosso meio que precisamos olhar mais detidamente para a palavra e bani-la de uma vez por todas do seio da igreja.
Esse não é um mal de hoje. Tiago enfrentou o problema da acepção de pessoas com um apelo à reconsideração da fé cristã. Uma pessoa que deseje professar a fé em Jesus Cristo, declarando-o como Senhor e Salvador de sua vida, não pode viver discriminando pessoas. Na realidade todos querem ser aceitos, bem recebidos, e discriminar é a raiz do problema.
Acepção de pessoas: a tradução do grego quer dizer: recepção de face; ver pela aparência. Pessoa que age com parcialidade; que tem um favoritismo por alguém, achando-se mais valor nesse alguém favorito, geralmente com interesse pessoal.
Tiago demonstra que, se uma pessoa professa sua fé em Jesus Cristo, deve ocupar-se em aprimorar a sua vida em relação ao Filho de Deus. De que maneira: tratando seu irmão como gostaria de ser tratado, amando-o como a si mesmo (Mt 7.12; Tg 2..
Bíblia na Linguagem de Hoje: “Vocês que creem no nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, nunca tratem as pessoas de modo diferente por causa da aparência delas”.
Bíblia Viva: “Queridos irmãos, como vocês podem alegar que pertencem ao Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória, se mostrarem preferência por gente rica e desprezarem os pobres?”.
Jesus não demonstrava ser o melhor, embora fosse o Filho de Deus. Não tinha preferência por pessoas em detrimento de outras. Tinha profundo amor por elas. Para ele todas eram iguais e tratadas por ele de modo igual. “mas se fazeis acepção... cometeis pecado” (Tg 2.9).
Tiago era profundo conhecedor da Lei e esta combate com veemência a acepção de pessoas. Além disso, Tiago andou e conviveu com Jesus e os demais apóstolos, que não discriminavam seus semelhantes. Para Tiago, tanto para a Lei, quanto para o evangelho, todos eram iguais. E, como em toda comunidade cristã há pobres e ricos, o autor da carta faz as seguintes considerações:
Tiago 2.5 – “não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?”.
pobres quanto ao mundo - literalmente, os sem dinheiro, sem posição social, sem bens materiais a oferecer, os mais desfavorecidos socialmente em tudo.
ricos na fé e herdeiros – o mesmo que dono, possuidor de uma herança.
Tiago chama a atenção de que os verdadeiros ricos eram os pobres materialmente falando, ou seja, os herdeiros de Deus, co-herdeiros com Cristo.
Tiago 2.8 – “se estais demonstrando amor ao próximo fazeis bem”.
Quem é o próximo? Biblicamente falando, e segundo o que aprendemos de Jesus, próximo é todo o ser humano. Se olharmos para João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo” – podemos afirmar que o próximo são todos os homens, toda a humanidade.
fazeis bem - a afirmativa de Tiago demonstra que se isto estivesse acontecendo aqueles cristãos amavam a Deus. Amar o próximo é a outra forma de amar a Deus.
Tiago 2.12 – “falai de tal maneira e de tal maneira procedei”.
Alguns judeus-cristãos traziam consigo o hábito de se gabar de serem cumpridores da Lei. Para Tiago o evangelho incorporava (no sentido de aglutinar) a Lei em vez de eliminá-la. Como cristãos deveriam falar e viver o evangelho.
Tiago 2.13 – “porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia”.
Tiago chama a atenção para a necessidade de se exercer a misericórdia com o próximo, o que estava sendo deixado de lado por aqueles cristãos.
misericórdia significa compaixão. É ser sensível ao próximo, principalmente com a sua dor e sofrimento. É ter piedade, exercer o amor.
Aqueles cristãos estavam dando preferência aos ricos em detrimento dos pobres. A discriminação era visível, pois ofereciam os melhores lugares aos ricos, que portavam anéis nos dedos e vestidos de tecidos finos, onde todos podiam contemplá-los.
Por causa da roupa simples e surrada o pobre era definido como alguém que nada podia oferecer à comunidade. Se um pobre se sentasse no banco, ninguém se sentava com ele. Se não havia lugar, era obrigado a sentar-se sob os pés dos ricos (Tg 2.2,3). Isso demonstrava duas coisas. Primeiro, que aquele irmão era inferior aos demais. Segundo, seu lugar naquela comunidade deveria ser o mesmo da sua posição social: embaixo, inferior, sob.
Aqueles cristãos não viam – ou não queriam ver – é que eram os ricos que cobravam violentamente dos pobres por quaisquer questões, levando-os constantemente aos tribunais. Não havendo quem defendesse sua causa, o pobre era sempre derrotado (Tg 2.6).
Infelizmente o problema se repete em nossos dias. Nas nossas igrejas há discriminação de pessoas com base em todo tipo de preconceitos: racial, social, intelectual e até espiritual. Este, parece ter-se tornado uma epidemia, com crentes achando-se mais consagrados e/ou espirituais que os outros. Comportam-se como aquele fariseu que orava no Templo (Lc 18.13).
Um fato que nos chama a atenção hoje é: quando um crente está doente busca, a todo custo, ser curado. Se há uma ferida no seu corpo, faz de tudo para que ela feche e cicatrize. Rejeita o pensamento da possibilidade de ter de amputar um membro do seu corpo.
Quando um irmão peca, considera o pecado do outro como “imperdoável”. Logo, um mal incurável. Este mesmo irmão é taxativo na sua sentença: “Pastor, temos de disciplinar este irmão; ele não pode continuar fazendo parte do rol de membros da nossa igreja”. O desejo carnal de justiça se faz presente e ele pede logo a “amputação” do membro quase indefeso.
E se fosse com você? Reflita sobre isso.
Tiago, porém, adverte: “porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia.” (Tg 2.13)
A proposta para os dias de hoje é a de espelharmos a nossa fé em Cristo pela comunhão e não no fazer acepção de pessoas. Há ainda irmãos querendo escolher as pessoas que devem ou não fazer parte da igreja do Senhor. Tal pensamento não pode fazer parte da sua vida.
“Este tipo de procedimento lança uma interrogação sobre a fé que vocês têm – você, afinal de contas, é realmente um cristão? – e mostra que vocês estão sendo dirigidos por propósitos errados.” (Tg 2.4, Bíblia Viva).
Tiago ensina o que pode acabar com a acepção de pessoas na igreja: o amor ao próximo. “Se estais demonstrando amor ao próximo fazeis bem” (Tg 2..
Conta-se que Gandhi, o grande oponente do sistema de castas, foi a uma igreja evangélica na África do Sul para ouvir um amigo inglês pregar. Ao aproximar-se da porta foi impedido de entrar devido à cor de sua pele. Gandhi encontrou o mesmo sistema de castas em uma igreja que pregava o amor de Deus.
Será que não temos agido da mesma forma quando convidamos “pessoas especiais” para “programas especiais”? E deliberamos em os nossos corações que outras “não especiais” não devem ser convidadas a participar?
Jesus ia ao encontro das pessoas. O estado em que elas se encontravam não era empecilho para ele se aproximar e demonstrar-lhes o seu amor.
Apenas um exemplo: a igreja faz acepção de pessoas quando reluta para não realizar uma cantata no alto do morro, no meio da favela, listando uma série de obstáculos, apresentando desculpas e mais desculpas, como “não vai dar certo!”, “E se chover?”, “Eles não vão querer!”... Mas demonstra o amor ao próximo quando envida todo esforço para que a mesma cantata aconteça, como um presente dos céus para aquelas pessoas.
Infelizmente há irmão que pretere o outro por causa da cor da pele, da aparência, pelo modo de falar ou de se vestir. Irmão de melhor situação financeira que despreza o pobre e vice-versa. Há também aquele que manifesta claramente sua(s) preferência(s) por puro interesse pessoal. Esforçam-se por estar sempre perto de alguém que está à frente de alguma área da igreja. E se um irmão ou irmã que não é do seu agrado se aproxima, agem como se dissessem “não o(a) quero por perto!” ou “Eu não o(a) chamei, o que você está fazendo por aqui?”.
Creio que não precisamos ilustrar ou estender mais estas observações. A discriminação de pessoas tomou uma proporção tão grande em o nosso meio que precisamos olhar mais detidamente para a palavra e bani-la de uma vez por todas do seio da igreja.
Esse não é um mal de hoje. Tiago enfrentou o problema da acepção de pessoas com um apelo à reconsideração da fé cristã. Uma pessoa que deseje professar a fé em Jesus Cristo, declarando-o como Senhor e Salvador de sua vida, não pode viver discriminando pessoas. Na realidade todos querem ser aceitos, bem recebidos, e discriminar é a raiz do problema.
Acepção de pessoas: a tradução do grego quer dizer: recepção de face; ver pela aparência. Pessoa que age com parcialidade; que tem um favoritismo por alguém, achando-se mais valor nesse alguém favorito, geralmente com interesse pessoal.
Tiago demonstra que, se uma pessoa professa sua fé em Jesus Cristo, deve ocupar-se em aprimorar a sua vida em relação ao Filho de Deus. De que maneira: tratando seu irmão como gostaria de ser tratado, amando-o como a si mesmo (Mt 7.12; Tg 2..
Bíblia na Linguagem de Hoje: “Vocês que creem no nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, nunca tratem as pessoas de modo diferente por causa da aparência delas”.
Bíblia Viva: “Queridos irmãos, como vocês podem alegar que pertencem ao Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória, se mostrarem preferência por gente rica e desprezarem os pobres?”.
Jesus não demonstrava ser o melhor, embora fosse o Filho de Deus. Não tinha preferência por pessoas em detrimento de outras. Tinha profundo amor por elas. Para ele todas eram iguais e tratadas por ele de modo igual. “mas se fazeis acepção... cometeis pecado” (Tg 2.9).
Tiago era profundo conhecedor da Lei e esta combate com veemência a acepção de pessoas. Além disso, Tiago andou e conviveu com Jesus e os demais apóstolos, que não discriminavam seus semelhantes. Para Tiago, tanto para a Lei, quanto para o evangelho, todos eram iguais. E, como em toda comunidade cristã há pobres e ricos, o autor da carta faz as seguintes considerações:
Tiago 2.5 – “não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?”.
pobres quanto ao mundo - literalmente, os sem dinheiro, sem posição social, sem bens materiais a oferecer, os mais desfavorecidos socialmente em tudo.
ricos na fé e herdeiros – o mesmo que dono, possuidor de uma herança.
Tiago chama a atenção de que os verdadeiros ricos eram os pobres materialmente falando, ou seja, os herdeiros de Deus, co-herdeiros com Cristo.
Tiago 2.8 – “se estais demonstrando amor ao próximo fazeis bem”.
Quem é o próximo? Biblicamente falando, e segundo o que aprendemos de Jesus, próximo é todo o ser humano. Se olharmos para João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo” – podemos afirmar que o próximo são todos os homens, toda a humanidade.
fazeis bem - a afirmativa de Tiago demonstra que se isto estivesse acontecendo aqueles cristãos amavam a Deus. Amar o próximo é a outra forma de amar a Deus.
Tiago 2.12 – “falai de tal maneira e de tal maneira procedei”.
Alguns judeus-cristãos traziam consigo o hábito de se gabar de serem cumpridores da Lei. Para Tiago o evangelho incorporava (no sentido de aglutinar) a Lei em vez de eliminá-la. Como cristãos deveriam falar e viver o evangelho.
Tiago 2.13 – “porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia”.
Tiago chama a atenção para a necessidade de se exercer a misericórdia com o próximo, o que estava sendo deixado de lado por aqueles cristãos.
misericórdia significa compaixão. É ser sensível ao próximo, principalmente com a sua dor e sofrimento. É ter piedade, exercer o amor.
Aqueles cristãos estavam dando preferência aos ricos em detrimento dos pobres. A discriminação era visível, pois ofereciam os melhores lugares aos ricos, que portavam anéis nos dedos e vestidos de tecidos finos, onde todos podiam contemplá-los.
Por causa da roupa simples e surrada o pobre era definido como alguém que nada podia oferecer à comunidade. Se um pobre se sentasse no banco, ninguém se sentava com ele. Se não havia lugar, era obrigado a sentar-se sob os pés dos ricos (Tg 2.2,3). Isso demonstrava duas coisas. Primeiro, que aquele irmão era inferior aos demais. Segundo, seu lugar naquela comunidade deveria ser o mesmo da sua posição social: embaixo, inferior, sob.
Aqueles cristãos não viam – ou não queriam ver – é que eram os ricos que cobravam violentamente dos pobres por quaisquer questões, levando-os constantemente aos tribunais. Não havendo quem defendesse sua causa, o pobre era sempre derrotado (Tg 2.6).
Infelizmente o problema se repete em nossos dias. Nas nossas igrejas há discriminação de pessoas com base em todo tipo de preconceitos: racial, social, intelectual e até espiritual. Este, parece ter-se tornado uma epidemia, com crentes achando-se mais consagrados e/ou espirituais que os outros. Comportam-se como aquele fariseu que orava no Templo (Lc 18.13).
Um fato que nos chama a atenção hoje é: quando um crente está doente busca, a todo custo, ser curado. Se há uma ferida no seu corpo, faz de tudo para que ela feche e cicatrize. Rejeita o pensamento da possibilidade de ter de amputar um membro do seu corpo.
Quando um irmão peca, considera o pecado do outro como “imperdoável”. Logo, um mal incurável. Este mesmo irmão é taxativo na sua sentença: “Pastor, temos de disciplinar este irmão; ele não pode continuar fazendo parte do rol de membros da nossa igreja”. O desejo carnal de justiça se faz presente e ele pede logo a “amputação” do membro quase indefeso.
E se fosse com você? Reflita sobre isso.
Tiago, porém, adverte: “porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia.” (Tg 2.13)
A proposta para os dias de hoje é a de espelharmos a nossa fé em Cristo pela comunhão e não no fazer acepção de pessoas. Há ainda irmãos querendo escolher as pessoas que devem ou não fazer parte da igreja do Senhor. Tal pensamento não pode fazer parte da sua vida.
“Este tipo de procedimento lança uma interrogação sobre a fé que vocês têm – você, afinal de contas, é realmente um cristão? – e mostra que vocês estão sendo dirigidos por propósitos errados.” (Tg 2.4, Bíblia Viva).
Tiago ensina o que pode acabar com a acepção de pessoas na igreja: o amor ao próximo. “Se estais demonstrando amor ao próximo fazeis bem” (Tg 2..
Conta-se que Gandhi, o grande oponente do sistema de castas, foi a uma igreja evangélica na África do Sul para ouvir um amigo inglês pregar. Ao aproximar-se da porta foi impedido de entrar devido à cor de sua pele. Gandhi encontrou o mesmo sistema de castas em uma igreja que pregava o amor de Deus.
Será que não temos agido da mesma forma quando convidamos “pessoas especiais” para “programas especiais”? E deliberamos em os nossos corações que outras “não especiais” não devem ser convidadas a participar?
Jesus ia ao encontro das pessoas. O estado em que elas se encontravam não era empecilho para ele se aproximar e demonstrar-lhes o seu amor.
Apenas um exemplo: a igreja faz acepção de pessoas quando reluta para não realizar uma cantata no alto do morro, no meio da favela, listando uma série de obstáculos, apresentando desculpas e mais desculpas, como “não vai dar certo!”, “E se chover?”, “Eles não vão querer!”... Mas demonstra o amor ao próximo quando envida todo esforço para que a mesma cantata aconteça, como um presente dos céus para aquelas pessoas.