O sexo se tornou o deus desta era! Escândalos sexuais envolvendo pastores, padres ou líderes religiosos sempre aconteceram na história das religiões. Isso, portanto, não é nenhuma novidade nem tampouco motivo para admiração. Todavia não podemos negar que relatos em que são denunciados o envolvimento de religiosos, inclusive pastores, em práticas sexuais ilícitas, têm aumentado em escala geométrica. As cifras já alcançam proporções assustadoras. Agora mesmo quando escrevo este capítulo um famoso blogueiro está expondo na sua página a prisão de um pastor acusado de pedofilia. Ele faz questão de mostrar que se trata de um “pastor da Assembleia de Deus”. Isso é uma observação desnecessária, bairrista e tola, pois batistas, presbiterianos, metodistas e todos os ramos do protestantismo e também do catolicismo, inclusive da confissão de fé desse blogueiro, tem experimentado o gosto amargo advindo com a queda de seus clérigos.
Depois que escrevi em 2006 o livro: Por que Caem os Valentes?, tenho recebido dezenas de e-mails de crentes, muitos deles pastores, contando suas tentações ou narrando alguma aventura sexual que tiveram. Não estou aqui me referindo a uma simples tentação sexual, pois acredito que todos nós estamos sujeitos a ser tentados. Refiro-me a algumas práticas que são chocantes e que de tão sórdidas que são, fica difícil de acreditar que os envolvidos nesses relatos sejam de fato crentes nascidos de novo. As histórias incluem desde a existência de um “simples caso” até mesmo a prática de pedofilia. Em uma delas, o amado irmão que me escreveu detalhou a sua odisseia. Narrou que logo após seu casamento envolveu-se com uma antiga namorada e também com a esposa de um parente próximo. Chegou ao fundo do poço quando se deu conta de que estava assediando uma menina de onze anos. Arrependeu-se, mas as suas palavras demonstram que continua com feridas profundas na alma!
O que então está havendo de errado com a sexualidade dos evangélicos hoje? De início podemos afirmar, sem medo de errar, que é muito mais fácil pecar hoje do que ontem. É mais fácil cometer algum pecado sexual hoje do que há vinte anos. Quando me converti ao evangelho, por exemplo, no início dos anos oitenta, o acesso a uma revista masculina era muito mais difícil para quem era menor de idade. Além da embalagem plástica que protegia o periódico, havia também uma tarjeta onde se lia: proibido para menores de dezoito anos! Com o advento da Internet esse fraco muro de proteção foi implodido e o acesso ao caudaloso rio da pornografia está à disposição de crianças, adultos e velhos. Evidentemente que as mídias sociais — Orkut, Facebook, e outros — potencializaram em muito a possibilidade de alguém se prender nas teias da tentação sexual. Não é mais novidade alguma que a Internet se tornou a grande confidente de homens e mulheres que estão vivendo alguma desilusão nos seus casamentos. A porta está escancarada para uma aventura sexual.
Foi isso que ouvi de um colega pastor quando preguei em sua igreja, só para citar um dos casos, pois ouvi algo incrivelmente semelhante em outros lugares. Contou-me que acabara de ver um lar sendo desfeito por conta de um caso extraconjugal envolvendo membros de sua igreja. Segundo me disse, o esposo o procurou para relatar o que havia descoberto no histórico das redes sociais visitadas por sua esposa. Desconfiado do comportamento dela, aquele irmão contratou um hacker para instalar um programa espião em seu computador e assim acompanhar as páginas que a sua esposa visitava na Internet. Foi aí que descobriu que a ela havia se envolvido com um homem, inclusive se despindo em frente à sua webcam para o seu amante virtual. O amante virtual se tornou real e o casamento, que começou como um ideal, desabou!
No excelente livro Seu Casamento e a Internet, os escritores Thomas Whiteman e Randy Petersen observam:
“Os computadores não passam de máquinas, e não fazem qualquer tipo de juízo de valores. A Internet é uma ferramenta que pode ser utilizada tanto para o bem quanto para o mal, dependendo de quem faz uso dela. Não iremos amaldiçoá-la como um todo por causa dos possíveis descaminhos no seu uso. Não culpamos Gutemberg pelas revistas pornográficas. Será que os automóveis também são uma invenção ruim porque algumas pessoas provocam acidentes?
Entretanto, já vimos uma grande quantidade de casamentos destruídos pela Internet, em função do fácil acesso proporcionado à pornografia e à tentação oferecida em salas de bate-papo. E claro que, talvez, não possamos colocar toda a culpa por esses rompimentos na Internet. Afinal de contas, a rede não passa de um instrumento. As pessoas envolvidas precisam arcar com a responsabilidade pelas suas ações. Contudo, a Internet tem desempenhado um papel-chave no fracasso de muitos casamentos. Mas por que isso acontece? Haveria alguma coisa na natureza da rede que a tornaria especialmente tentadora? Sim. Há diversos fatores que contribuem para uma sedução vinda da Internet que poderia ser potencialmente devastadora para os casamentos.”
No final deste capítulo destaco alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a pornografia virtual e consequentemente as suas danosas consequências nos relacionamentos. Aqui cabe destacar os elementos facilitadores da traição virtual. Primeiramente há uma falsa privacidade e um falso anonimato que todo navegante do universo virtual pensa dispor. De fato um computador em uma sala de escritório ou em um quarto de uma residência parece favorecer esse “clima” privado e anônimo. Mas o fato é que toda privacidade virtual se tornará pública com o tempo e todo anonimato receberá uma identidade. As estatísticas mostram que por trás de uma grande quantidade de pedófilos, estupradores ou até mesmo clérigos envolvidos em escândalos sexuais, e que tiveram suas vidas expostas na mídia, havia a prática de sexo virtual supostamente secreto. Por que o privado se tornou público e o anônimo foi identificado?
Isso acontece porque nenhuma prática sexual exercida de forma ilegítima produz satisfação plena. Quem se envolve com pornografia vive sempre a busca de mais satisfação sexual. É um desejo que nunca se satisfaz. A porta para os desvios da sexualidade e para a prática de perversões sexuais fica escancarada. É aí que muitos tentam viver essa “adrenalina” provocada pela concupiscência de uma forma ilegítima. Devemos sempre lembrar de que aquilo que a Escritura considera como pecado jamais vai ter aprovação divina. Não adianta racionalizar.
Depois que escrevi em 2006 o livro: Por que Caem os Valentes?, tenho recebido dezenas de e-mails de crentes, muitos deles pastores, contando suas tentações ou narrando alguma aventura sexual que tiveram. Não estou aqui me referindo a uma simples tentação sexual, pois acredito que todos nós estamos sujeitos a ser tentados. Refiro-me a algumas práticas que são chocantes e que de tão sórdidas que são, fica difícil de acreditar que os envolvidos nesses relatos sejam de fato crentes nascidos de novo. As histórias incluem desde a existência de um “simples caso” até mesmo a prática de pedofilia. Em uma delas, o amado irmão que me escreveu detalhou a sua odisseia. Narrou que logo após seu casamento envolveu-se com uma antiga namorada e também com a esposa de um parente próximo. Chegou ao fundo do poço quando se deu conta de que estava assediando uma menina de onze anos. Arrependeu-se, mas as suas palavras demonstram que continua com feridas profundas na alma!
O que então está havendo de errado com a sexualidade dos evangélicos hoje? De início podemos afirmar, sem medo de errar, que é muito mais fácil pecar hoje do que ontem. É mais fácil cometer algum pecado sexual hoje do que há vinte anos. Quando me converti ao evangelho, por exemplo, no início dos anos oitenta, o acesso a uma revista masculina era muito mais difícil para quem era menor de idade. Além da embalagem plástica que protegia o periódico, havia também uma tarjeta onde se lia: proibido para menores de dezoito anos! Com o advento da Internet esse fraco muro de proteção foi implodido e o acesso ao caudaloso rio da pornografia está à disposição de crianças, adultos e velhos. Evidentemente que as mídias sociais — Orkut, Facebook, e outros — potencializaram em muito a possibilidade de alguém se prender nas teias da tentação sexual. Não é mais novidade alguma que a Internet se tornou a grande confidente de homens e mulheres que estão vivendo alguma desilusão nos seus casamentos. A porta está escancarada para uma aventura sexual.
Foi isso que ouvi de um colega pastor quando preguei em sua igreja, só para citar um dos casos, pois ouvi algo incrivelmente semelhante em outros lugares. Contou-me que acabara de ver um lar sendo desfeito por conta de um caso extraconjugal envolvendo membros de sua igreja. Segundo me disse, o esposo o procurou para relatar o que havia descoberto no histórico das redes sociais visitadas por sua esposa. Desconfiado do comportamento dela, aquele irmão contratou um hacker para instalar um programa espião em seu computador e assim acompanhar as páginas que a sua esposa visitava na Internet. Foi aí que descobriu que a ela havia se envolvido com um homem, inclusive se despindo em frente à sua webcam para o seu amante virtual. O amante virtual se tornou real e o casamento, que começou como um ideal, desabou!
No excelente livro Seu Casamento e a Internet, os escritores Thomas Whiteman e Randy Petersen observam:
“Os computadores não passam de máquinas, e não fazem qualquer tipo de juízo de valores. A Internet é uma ferramenta que pode ser utilizada tanto para o bem quanto para o mal, dependendo de quem faz uso dela. Não iremos amaldiçoá-la como um todo por causa dos possíveis descaminhos no seu uso. Não culpamos Gutemberg pelas revistas pornográficas. Será que os automóveis também são uma invenção ruim porque algumas pessoas provocam acidentes?
Entretanto, já vimos uma grande quantidade de casamentos destruídos pela Internet, em função do fácil acesso proporcionado à pornografia e à tentação oferecida em salas de bate-papo. E claro que, talvez, não possamos colocar toda a culpa por esses rompimentos na Internet. Afinal de contas, a rede não passa de um instrumento. As pessoas envolvidas precisam arcar com a responsabilidade pelas suas ações. Contudo, a Internet tem desempenhado um papel-chave no fracasso de muitos casamentos. Mas por que isso acontece? Haveria alguma coisa na natureza da rede que a tornaria especialmente tentadora? Sim. Há diversos fatores que contribuem para uma sedução vinda da Internet que poderia ser potencialmente devastadora para os casamentos.”
No final deste capítulo destaco alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a pornografia virtual e consequentemente as suas danosas consequências nos relacionamentos. Aqui cabe destacar os elementos facilitadores da traição virtual. Primeiramente há uma falsa privacidade e um falso anonimato que todo navegante do universo virtual pensa dispor. De fato um computador em uma sala de escritório ou em um quarto de uma residência parece favorecer esse “clima” privado e anônimo. Mas o fato é que toda privacidade virtual se tornará pública com o tempo e todo anonimato receberá uma identidade. As estatísticas mostram que por trás de uma grande quantidade de pedófilos, estupradores ou até mesmo clérigos envolvidos em escândalos sexuais, e que tiveram suas vidas expostas na mídia, havia a prática de sexo virtual supostamente secreto. Por que o privado se tornou público e o anônimo foi identificado?
Isso acontece porque nenhuma prática sexual exercida de forma ilegítima produz satisfação plena. Quem se envolve com pornografia vive sempre a busca de mais satisfação sexual. É um desejo que nunca se satisfaz. A porta para os desvios da sexualidade e para a prática de perversões sexuais fica escancarada. É aí que muitos tentam viver essa “adrenalina” provocada pela concupiscência de uma forma ilegítima. Devemos sempre lembrar de que aquilo que a Escritura considera como pecado jamais vai ter aprovação divina. Não adianta racionalizar.
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