Bispa da Igreja Batista assume que é lésbica
Bispa da Igreja Batista renuncia ao cargo após anunciar que se casou com outra mulher
Na última semana, uma importante líder da Igreja Batista em Detroit, nos Estados Unidos, renunciou ao ser cargo na igreja após a polêmica em torno de seu anúncio de que ela havia se casado com outra mulher. A bispa Allyson D. Nelson Abrams abriu mão de seu cargo na Igreja Batista Zion Progress, onde há cinco anos servia como a primeira mulher ordenada ao cargo pastoral.
A renúncia veio após seu anuncio, feito no início do mês, de que havia se casado com uma mulher, ter surpreendido os fiéis. Abrams, de 43 anos, era casada com um homem, mas anunciou aos membros de sua igreja que se apaixonou por Diana Williams, bispa de uma denominação dissidente da Igreja Católica. As duas se casaram em março, em Iowa, onde o casamento homossexual é legal.
De acordo com a publicação local Detroid Free Press, o anúncio do casamento causou um intenso debate entre os cristãos locais e a questão acabou por dividir as opiniões dos fiéis. Porém, a bispa informou que abriu mão de seu cargo na igreja, apesar de muitos fiéis apoiarem sua permanência, para não causar divisões na congregação.
Ela renunciou também ao cargo de secretária do Conselho de Pastores Batistas de Detroit e arredores, um grupo influente entre os cristãos afro-americanos na região, e como coeditora da revista da Convenção Batista Nacional Progressista.
Ao anunciar sua decisão, Abrams afirmou que diversas passagens bíblicas tratam a homossexualidade como algo permitido para o cristão, e afirma que “o amor é algo que deveria ser incondicional”.
A decisão de Abrams motivou um intenso debate sobre o tema entre importantes líderes cristãos, como o rev. Charles C. Adams, pastor presidente de uma das maiores igrejas de Detroit, a Igreja Batista Memorial Hartford. Apoiador do casamento gay, o pastor afirma que é preciso haver mais discussão sobre este assunto na comunidade cristã afro-americana. De acordo com o reverendo, ao negar o casamento gay “estamos negando às pessoas o direito a proteção igual sob a lei”.
Sobre o seu futuro como líder religiosa, Abrams revela que pretende juntar duas outras denominações, apesar de não revelar quais. Sobretudo, garante que irá continuar a pregar o evangelho.
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