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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Qualificações do Presbítero Parte II



·1 Timóteo 3:2 – "marido de uma só mulher" [ou "homem de uma mulher"].
Considerações:
A primeira qualificação apresentada por Paulo é que o bispo seja irrepreensível, ou acima de qualquer suspeita. Os próximos atributos abrangem áreas específicas nas quais o bispo precisa ter uma conduta ilibada. "Marido de uma só mulher" é a primeira área específica tratada pelo apóstolo. Aqui não se estabelece uma regra dizendo que os presbíteros devem ser casados; o que se diz é que eles, sendo casados, devem ser maridos de uma só mulher. Lembremo-nos que a poligamia ainda que não fosse comum, era praticada no primeiro século, inclusive entre os judeus. Além do mais, não devemos nos esquecer de que os pecados sexuais eram comuns entre os judeus e gentios (Rm 1.27; 7.3; 1Co 5.1,8; 6.9-11; 7.2; Gl 5.19; 1Tm 4.3-8). O que Paulo está dizendo, é que tanto o bispo (presbítero) (1Tm 3.2) deve ser um homem de moralidade inquestionável, que é inteiramente fiel e leal à uma única e só esposa; que sendo casado, não entre à maneira dos pagãos, em uma relação imoral com outra mulher.
Pedro inicia sua primeira carta se identificando como "Pedro, apóstolo de Jesus Cristo". Embora seja um apóstolo, ele também se define como um presbítero companheiro em I Pedro 5.1: "Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar, apascentai o rebanho de Deus que está entre vós..." A partir destes dois versículos, fica claro que os apóstolos também eram presbíteros (chamados tanto de presbíteros quanto de bispos, que cuidavam e apascentavam o rebanho de Deus). Sabemos a partir de I Coríntios 7:8-9 que o apóstolo Paulo, que escreveu 1 Timóteo e Tito, era solteiro. Apesar disso, ele era "apóstolo do Senhor Jesus Cristo, pelo mandamento de Deus nosso Salvador e do Senhor Jesus Cristo..." (I Timóteo 1.1). Como um apóstolo, Paulo também era um presbítero, um bispo do rebanho de Deus. Ele está escrevendo a carta a Timóteo, "o seu verdadeiro filho na fé", a fim de que Timóteo possa saber como deve se conduzir na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, o pilar e a base da verdade (I Timóteo 3.15). Paulo regularmente se apresenta como um exemplo daquilo que Timóteo deve estar fazendo como bispo. Neste contexto, alguém precisará distorcer a Bíblia para concluir, a partir da expressão "marido de uma mulher", que um presbítero tem de ser um homem casado.
Tal exigência significa que, se um homem é casado ou foi casado, ele não deve ter duas esposas à vista de Deus. Trata-se de uma proibição expressa à poligamia para um bispo numa época em que muitos tiveram mais de uma esposa (veja Cristóvão e Calvino sobre isto). O Novo Testamento confirma o mandamento de Deus da época da Criação, que o homem deveria deixar seus pais, e se unir à sua esposa, e os dois se tornariam uma só carne (Gênesis 2.24; Mateus 19.5; Efésios 5.31). Aqueles que se separam de suas esposas e / ou se casam com outra esposa, de forma que, diante de Deus, têm mais de uma esposa ao mesmo tempo, contrariam os princípios da lei de Deus, e não podem ser representantes oficiais na igreja, que é a noiva do Senhor Jesus Cristo. O fato é que o presbítero tem de ser irrepreensível diante da lei de Deus no que se refere ao casamento (e ao divórcio). Se um homem pode justamente (mantendo os princípios da Bíblia) se livrar da esposa com a aprovação de Deus e / ou casar de novo, então ele continua apto ao bispado.
Paulo não está excluindo do ministério qualquer um que se casa novamente. (Confira I Timóteo 5:14, 4.3; Romanos 7.2-3; I Coríntios 7.8-9). Se a esposa de um homem morrer e ele se casar novamente, ele continua apto a ser um presbítero no rebanho de Deus. Seja casado ou solteiro, o presbítero precisa ser um exemplo para os outros no que concerne à fidelidade e à castidade, em obediência ao sétimo mandamento. Um presbítero casado tem de ser fiel à sua única esposa enquanto ela viver.Promiscuidade e infidelidade conjugal não podem ser toleradas entre os representantes oficiais da igreja. Se houver duas ou três testemunhas que confirmem que o homem cometeu tais pecados, ele não pode mais ocupar o cargo no ministério.
Paulo supõe que os presbíteros normalmente serão casados. Esse é geralmente o caso dos oficiais e de todos os homens, embora alguns sejam eunucos 1) de forma voluntária, para a graça do reino de Deus, 2) por nascimento, ou 3) por ato dos homens (Mateus 19.12).
Conclusões:
1.É importante saber o que a lei de Deus proíbe e permite no que se refere ao divórcio e ao novo casamento. Em alguns casos isso será decisivo, no que diz respeito a se um homem que aspira ao ministério do presbiterato docente ou regente tem uma única esposa.
2.É natural para um homem casar-se e adquirir experiência governando a própria casa, de modo que ele possa aprender a cuidar da igreja de Deus (I Timóteo 3.4,5).
3.Os homens impuros, que são infiéis, que se separam ilegalmente, que se casam ilegalmente, ou que não pastoreiam suas esposas como deveriam, não devem se tornar ou se manter no cargo de bispos.
4.As mulheres estão excluídas do bispado.
5.Não é comum, nem mesmo obrigatório, que os bispos permaneçam solteiros. "Venerado seja entre todos, o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros, Deus os julgará" (Hebreus 13.4). O casamento é sagrado e ordenado por Deus. Os representantes oficiais da igreja devem ter uma vida conjugal em santidade e em obediência a Deus, como um exemplo para todos da congregação. A experiência deles como cabeças dos seus respectivos lares será útil na supervisão deles sobre a comunidade.

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